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quarta-feira, 14 de julho de 2010

:: Would You Die for Me? ::

Would Die for Me - Bride - Snakes in the playground (1992 - Star Song Communications)

When you lay it down for the money or life
Will you come to me?
When you die for the money or life
How long will it be?
When your hung on a cross beside the savior of life
Don't you confort me
What's more important your money or life?
Would you die for me?
Would you die for me honey?
Would you?
Would you cry for me honey?
Are you in love with Jesus Christ?
Would you die for me?
If you see me and my bones consumed
Will you feed me?
If i were to stand on the edge of my mind
Would you give your wings to me?
Would you still wear the thorns if I denied you thrice?
Would you love me?
If you see me wounded lost roadside boy
Would you carry me?
If i were a preacher man bound for glory
Would you follow me?
If i became captain hi-top ego star?
Would you worship me?
If I fall like the apple from a tree
Would you shine on me?
If I was standing on the edge of my mind
Would you give your wings to me
When your hung on the cross by the savior of life
Blessed that you can be
Would you die for me honey?
Would you die for me honey?
Would you die for me honey?

Quem está na caminhada cristã desde os anos 90 claramente lembrará do grande sucesso que era tocado e cantado entre os jovens "roqueiros" cristãos da época. Confesso que essa é uma época que lembro com nostalgia e saudosismo, devido a grandes acontecimentos, sonhos idealizados, escolhas feitas que me tornaram quem sou atualmente.

Lembro muito bem da época em que mesmo confrontando todo o conservadorismo de um grupo evagélico, nós, então adolescentes e jovens, gostavamos de expressar nossa opinião de contra-cultura nas canções, nas roupas e no estilo de viver em Deus. Em uma época onde alguns dos grandes ídolos da fé estavam sendo expostos por seus pecados e defeitos, nós buscavamos não nos contaminarmos com o mundo tentador ao nosso redor, criando uma fulga através de cantores e bandas góspeis que traziam uma alternativa para aqueles que não queriam pecar mas que não se encaixavam nos moldes tradicionais da fé.

Pois bem, aproveitando meu momento anos 90, gostaria de indagar algumas questões que podem ser claramente respondidas após um momento de clara e transparente reflexão pessoal e que gerará resultados desde que essa reflexão torne-se prática de vida em nós.

Lembro com saudades da época em que nossas igrejas cantavam em seus momentos de adoração e louvor músicas com conteúdo bíblico, de letra marcante, apontando ao pecador uma resposta pra sua situação espiritual, músicas que exaltavam o sacrificio vicário e o Senhor da História, músicas que eram salmos numa roupagem contemporânea que nos davam refrigério na alma.

Quem não lembra de Asafe Borba, koinonia, João Alexandre... época áurea da música evangélica. Para onde foi o nosso respeito e contemplação à cruz? Onde foi parar a nossa admiração ao Senhor criador de todas as coisas? Onde foi parar o nosso sentimento de miserabilidade perante o Santo de Israel? e mais. Onde foi que nós evangélicos perdemos o gosto musical refinado, com letras que nos levavam à humilhação e aos pés de Cristo, melodias trabalhadas, não repetitivas e simplistas? Por quais portas entraram as letras antropocentricas e egoístas, triunfalistas e heréticas? E por quais portas saíram a beleza da adoração e a contrição cantada nas músicas noventistas?

Com mais de dez anos que passaram reflito também sobre nossos ícones góspeis dos anos 90. Onde estão os joelhos que diziam não se dobrar? Estarão eles nas cavernas com medo de Jezabel? Ou será se encontro na canção de Cazuza a resposta para tal pergunta? "... meus heróis morreram de overdose..meus inimigos estão no poder." Será se o próprio pseudo-puritanismo que muitos tem vivido em seus ministérios não foram os responsáveis pelo atrofiamento de vários desses "ministério" que geravam uma consciência de inconformação com a situação da igreja, da religião, da sociedade da época? Ou será que tais grupos encaravam aquilo como o espírito da época e hoje estão cantando os mantras góspeis para garantirem seus salários no fim do mês? Ou se venderam a Mamom?

Só penso que nossa geração deve servir em seu tempo, gerando frutos e caminhos para as próximas gerações, direcionando e lutando para que a igreja evangélica não perca totalmente e de fato o seu norte e nem sua real intenção de existir. Mesmo que para isso haja a necessidade de uma reciclagem em muito do que nos é oferecido pela mídia que se diz gospel e nos púlpitos de igrejas que nem sabem mais a que senhor servem.
É necessário mais que nunca reflexão antes de aceitação, convicção em vez de empolgação e sempre, oração.
Acima de tudo oração.

Um comentário:

Unknown disse...

Muito bom, brother.

Deus te abençoe.

abç